A cultura e a arte podem transformar a nossa sociedade
A cultura é um importante modelo de comportamento e um poderoso agente de identificação pessoal e social, tornando sua presença indispensável na formação e educação de crianças como agentes ativos na sociedade. Ao contrário de outras espécies, a cultura é uma criação humana, que se manifesta em ações cotidianas e está sempre em constante evolução.
A arte, como uma forma de expressão estética, é uma maneira de representar a cultura, mas também é capaz de evocar emoções, estimular a criatividade e ajudar as crianças a expressar seus sentimentos. Em suma, a cultura é uma aliada fundamental no processo de aprendizagem e formação de crianças.
A arte e a cultura desempenham um papel significativo na integração, uma vez que promovem a diversidade e incentivam formas variadas de interação social. É crucial incorporar a arte e a educação no processo de criação, educação e desenvolvimento infantil, uma vez que esses elementos despertam a autenticidade do indivíduo e sua conexão com crenças e emoções que são comuns na sociedade. Por meio da arte e da cultura, as crianças podem explorar e expressar sua identidade e se conectar com diferentes perspectivas e experiências, enriquecendo sua visão de mundo e seu entendimento sobre a sociedade.
No Brasil, o acesso à arte e cultura ainda é escasso para muitas crianças, devido a condições socioeconômicas e políticas do nosso país. Este acesso é um direito fundamental e está previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e pela Constituição Federal, porém infelizmente não está garantido para todas as crianças em nosso país, por viverem em comunidades periféricas, por falta de renda ou pela concentração de espaços culturais e artísticos nos grandes centros.
A disparidade de oportunidades no acesso à arte e cultura gera uma brecha na vida das pessoas, resultando em exclusão social. Em 2019, uma pesquisa do IBGE revelou que a diferença na disponibilidade de recursos culturais está intimamente ligada às discrepâncias regionais, socioeconômicas e raciais do Brasil. De acordo com o estudo, apenas 10% dos municípios do país possuem salas de cinema, por exemplo. Ademais, cerca de 44% da população preta e parda vive em cidades desprovidas de cinemas, e 37% não têm museus em suas cidades.
As áreas metropolitanas, em contraste, concentram o maior índice de consumo cultural, marginalizando aqueles que vivem em bairros pobres ou periféricos e pessoas de cor.
Pensando nessa lacuna social, o Externato São Francisco, desenvolve projetos de Música e Capoeira com as crianças atendidas, pois se entende a importância de levar cultura e arte para que os pequenos se sintam protagonistas de uma sociedade, que hoje encontra-se tão desfasada neste tipo de atividade socioculturais.
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